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Análise da Precisão dos Passes por Posição — O que o dado realmente revela

Este estudo mapeia como a precisão dos passes varia entre as posições, dividindo os jogadores em dois intervalos de distância: passes curtos (até 12 metros) e passes médios (12–20 metros). A partir disso, é possível identificar padrões estruturais do jogo, diferenças funcionais entre setores e como as responsabilidades táticas moldam o perfil técnico de cada posição.
O primeiro ponto evidente é que goleiros e defensores centrais lideram o ranking geral, apresentando os maiores índices de acerto nos dois tipos de passe. Isso ocorre porque são posições que operam com mais tempo para decidir, executam ações sob menor pressão direta e são responsáveis pela fase inicial da construção — um ambiente que naturalmente favorece passes de segurança.
Logo atrás vêm os meio-campistas defensivos e centrais, que exibem percentuais elevados mesmo sob maior densidade de marcação. A consistência dessas posições indica que o meio é, de fato, o coração distributivo da equipe: jogadores dessa faixa precisam manter eficiência mesmo variando direção, ritmo e propósito dos passes.
Nas faixas laterais — laterais, alas e extremas — observamos queda gradual de precisão. Isso reflete um contexto tático distinto: esses jogadores atuam mais em corredores de alta pressão, precisam progredir verticalmente e arriscam passes mais agressivos. Assim, a redução no acerto não representa falha técnica, mas sim a natureza arriscada do papel ofensivo desses atletas.
Por fim, os atacantes centrais têm os índices mais baixos do gráfico. Novamente, isso se explica pelo ambiente: recebem com menos espaço, muitas vezes de costas para o gol, sofrem contato constante e tentam muitas devoluções rápidas e passes de ruptura — ações que carregam maior probabilidade de erro.
No geral, a leitura do gráfico mostra que:
- Quanto mais próxima da zona de construção, maior a precisão.
- Quanto mais próxima da zona de finalização, menor a precisão.
- A distância do passe impacta todas as posições, mas o contexto tático impacta ainda mais.
Essa análise reforça que estatísticas brutas só ganham valor quando conectadas à função de cada posição dentro da dinâmica do jogo. Não se trata apenas de quem erra mais ou acerta mais, mas de como o papel tático molda o risco assumido e o tipo de decisão tomada em campo.
Interpretação da Precisão Média de Passes por Posição — Uma Leitura Comparativa
A análise da precisão média dos passes entre até 12 metros e 12–20 metros revela como cada posição se comporta tecnicamente quando submetida a diferentes demandas de distância. O gráfico, organizado em painéis individuais por posição, facilita a comparação horizontal (entre posições) e vertical (entre distâncias), permitindo uma leitura precisa dos padrões do jogo.

A primeira conclusão importante é a consistência apresentada por defensores centrais, volantes e laterais. Em praticamente todas essas posições, a precisão dos passes curtos e médios se mantém alta, com variações pequenas entre as duas distâncias. Isso reflete uma função essencial desses setores: manter o fluxo do jogo sob controle, mesmo quando pressionados, realizando passes seguros que sustentam a posse e geram progressão gradual.
O goleiro aparece novamente como um dos destaques, exibindo percentuais elevados — algo alinhado ao perfil do futebol contemporâneo, no qual o goleiro atua como primeiro construtor e precisa dominar passes sob múltiplos cenários de pressão, seja em reposições curtas, seja nas trocas de fase.
Ao mover-se para o meio-campo ofensivo e para os corredores laterais, o comportamento muda gradualmente. Meias ofensivos, pontas e alas apresentam uma discrepância maior entre passes curtos e médios, refletindo a natureza mais arriscada de suas ações. Jogadores que atuam em zonas de criação e finalização lidam com pressão, pouco espaço e necessidade de acelerar o jogo, o que torna passes médios mais desafiadores.
Nos atacantes centrais, vemos os percentuais mais modestos — especialmente nos passes até 12 metros. Isso é completamente coerente com o papel da posição: o centroavante recebe com contato físico constante, normalmente de costas, e executa muitas ações rápidas como pivôs, devoluções e passes de primeira. Esses passes são tecnicamente exigentes e estatisticamente tendem a apresentar maior taxa de erro.
Duas leituras estratégicas emergem:
- Setores de construção requerem precisão estável, independentemente da distância.
Por isso, zagueiros e volantes apresentam os melhores números. - Setores de criação, amplitude e finalização assumem mais risco, e isso impacta diretamente a precisão.
Aqui se destacam meias ofensivos, alas, pontas e centroavantes.
No conjunto, o estudo mostra que a precisão de passe não deve ser analisada isoladamente, mas sim contextualizada pela função posicional. Jogadores de zonas recuadas priorizam estabilidade; jogadores de zonas adiantadas priorizam invenção. E essa diferença natural de função é exatamente o que explica as variações apresentadas nos percentuais.
Resumo da Visualização — Direções Médias de Passe por Posição
O gráfico apresenta as direções médias dos passes de cada posição em campo, utilizando vetores que indicam o sentido predominante das ações. A leitura fica padronizada com o campo invertido corretamente, garantindo que todas as setas apontem para o mesmo sentido ofensivo.

De forma geral, o comportamento posicional é coerente com as funções táticas de cada setor:
- Zagueiros centrais e laterais defensivos exibem vetores mais conservadores, direcionados principalmente para regiões próximas ou para o meio, refletindo circulação curta e passes de segurança.
- Meio-campistas centrais mostram vetores mais equilibrados, apontando para frente e para o lado dominante, traduzindo sua função de conectar setores e progredir o jogo.
- Meias ofensivos e pontas apresentam direções de passe claramente orientadas ao ataque, quase sempre inclinadas para a área ou para o corredor em que atuam.
- Atacantes centrais mostram vetores voltados para trás ou levemente diagonais, indicando devoluções, apoios e tabelas — movimentos típicos de quem recebe de costas e participa da construção.
- Goleiros apresentam passes diagonais ou laterais longos, representando o início da fase ofensiva e a busca por zonas mais adiantadas.
No conjunto, o gráfico evidencia a lógica estrutural do modelo de jogo: cada posição carrega um padrão próprio de progressão, e as direções médias revelam como o time, coletivamente, tenta avançar em campo.
Sobre a Escola
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Essa abordagem é essencial para quem deseja atuar em áreas como saúde esportiva, scouting, mercado e comissões técnicas, desenvolvendo uma leitura precisa sobre o comportamento da equipe, dos atletas e dos adversários.
OBJETIVO
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Além de atuar diretamente em estudos e projetos de análise, também atuamos na formação e atualização de profissionais, com cursos, workshops e conteúdos educativos que conectam estatística, vídeo e campo.
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